Quando estamos focados em nos tornar bilíngues, toda ajuda é bem-vinda, certo? Ainda mais quando essa ajuda é algo que tem a ver com o próprio funcionamento do nosso cérebro. Nesse sentido, a neurociência para aprender inglês é uma arma importante, pois essa ciência estuda a forma como nossa mente funciona e como aproveitar esse funcionamento para fixar o inglês mais rapidamente.
Por esse motivo, hoje vamos mostrar o que é isso, como influencia sua jornada rumo à fluência e dar dicas de como usá-la a seu favor. Let’s go!
O que é neurociência?
Neurociência é o estudo do sistema nervoso, que inclui o cérebro, a medula espinhal e uma rede de nervos que percorre todo o nosso corpo. Imagine que o seu cérebro é uma central de comando super avançada. Assim, ele recebe informações dos seus olhos, ouvidos e pele, processa tudo isso e te ajuda a entender o que está acontecendo ao seu redor. A neurociência olha para essa central e tenta descobrir como ela funciona.
Para entender esse funcionamento, os neurocientistas estudam, por exemplo, pessoas com lesões cerebrais para entender o que acontece quando certas partes do cérebro param de funcionar. Eles também exploram como aprendemos coisas novas, como nos lembramos de informações e até como nossas emoções são controladas.
Tudo isso é importante porque pode ajudar a encontrar curas para doenças como Alzheimer e Parkinson, e até melhorar a forma como aprendemos e ensinamos. Então, a neurociência não é apenas sobre o cérebro, mas também sobre tudo o que fazemos e somos, desde pegar uma xícara de café até criar memórias que duram a vida toda.
Qual o papel da neurociência para aprender inglês?
Para entender melhor o papel da neurociência para aprender inglês, vamos fazer uma comparação: imagine que o seu cérebro é como um jardim cheio de caminhos. Quando você aprende um novo idioma, é como se você estivesse criando novos caminhos nesse jardim. No começo, esses caminhos são pequenos e difíceis de andar, mas quanto mais você pratica, mais largos e fáceis eles se tornam.
A neurociência é como o estudo desses caminhos no jardim do cérebro. Ela nos mostra que temos áreas especiais, como área de Broca (que comanda a fala) e a área de Wernicke (compreensão), as quais nos ajudam a falar e entender as palavras.
Por exemplo, quando uma criança aprende a dizer “mamãe”, sua área da fala está trabalhando. E quando ela entende o que “mamãe” significa, a área da compreensão está em ação. Crianças têm um “jardim” muito flexível, então elas podem fazer novos caminhos mais facilmente do que os adultos.
E sabe quando você aprende melhor fazendo algo prático, como cozinhar enquanto aprende as palavras em inglês sobre comida? Isso acontece porque você está usando várias partes do seu jardim cerebral ao mesmo tempo, o que ajuda a fixar melhor o idioma.
Como seu cérebro se comporta ao aprender novos idiomas?
Quando você começa a aprender um novo idioma, seu cérebro usa o hipocampo para lembrar das novas palavras, como se estivesse anotando um lembrete rápido. Mas, com o tempo e a prática, essas palavras começam a se mover para outras partes do cérebro que lidam com a linguagem, tornando-se parte da sua memória permanente.
Enquanto você pratica, seu cérebro está ocupado formando conexões entre as palavras que você já conhece e as novas palavras do outro idioma. É como se ele estivesse criando uma rede de caminhos que conectam diferentes ideias e sons.
E aqui está algo interessante: quando você aprende um idioma que é muito diferente do seu, como um falante de português aprendendo inglês, seu cérebro tem que trabalhar mais duro para fazer essas conexões. Mas isso é bom! Isso significa que seu cérebro está se exercitando e ficando mais forte, como um músculo.
Assim sendo, aprender inglês não é algo bom apenas para uma entrevista de emprego ou outras situações cotidianas, mas também como uma forma de fortalecer sua mente e até mesmo prevenir doenças como o Alzheimer e o Pakinson.
Como usar a neurociência para aprender inglês?
Agora que já entendemos o que é a neurociência e como ela pode ajudar a entender melhor o processo de absorção de conhecimento, vamos dar dicas de como usar os resultados apontados pelos estudos do nosso cérebro na aprendizagem de idiomas. Acompanhe e aproveite!
Pratique todos os dias
Quando praticamos um novo idioma todos os dias, estamos engajando nosso cérebro em um processo chamado neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neurais.
Cada vez que repetimos uma palavra ou frase em inglês, fortalecemos essas conexões, tornando-as mais rápidas e mais eficientes. Isso é semelhante a fortalecer um músculo através do exercício. Ou seja, quanto mais usamos, mais forte ele fica. Além disso, a prática constante ajuda a consolidar a memória a longo prazo, o que é muito importante para a retenção de vocabulário e gramática.
A prática diária também pode demandar diferentes áreas do cérebro, o que é benéfico para o aprendizado. Por exemplo, ao praticar o listening e o speaking, ativamos áreas auditivas e motoras, enquanto a leitura e a escrita envolvem o processamento visual e cognitivo. Assim, quando variamos as atividades diárias, estimulamos o cérebro de maneiras diferentes, o que pode levar a um aprendizado mais profundo e permanente.
Portanto, incorporar a prática diária no estudo de idiomas não é apenas uma questão de disciplina, mas uma estratégia apoiada pela neurociência.
Use a neurociência para aprender inglês em contextos variados
A exposição a diferentes situações e ambientes enriquece a experiência de aprendizado e fortalece a retenção de informações. Isso ocorre porque o cérebro cria associações mais fortes quando o aprendizado está ligado a múltiplos contextos e estímulos sensoriais.
Por exemplo, aprender vocabulário de academia em inglês, ou praticar diálogos em um cenário fitness, não só ajuda a memorizar as palavras, mas também a compreender seu uso prático. Essa abordagem contextual cria pontes mnemônicas, que são atalhos mentais que facilitam a lembrança de informações.
Sem contar que aprender em contextos variados pode ajudar a superar a interferência proativa, um fenômeno onde informações antigas dificultam a aprendizagem de novas informações. E quando você muda o ambiente ou o contexto, o cérebro é estimulado a formar novas conexões, o que torna o aprendizado mais flexível.
Conecte o novo ao conhecido
Como já vimos, a neurociência mostra que nosso cérebro faz conexões entre neurônios enquanto aprendemos algo novo. E que essas conexões tornam uma memória permanente, isto é, após um tempo praticando, gravamos o que aprendemos em nossa mente em um nível mais profundo. Assim sendo, usar algo que já está bem enraizado em nosso cérebro para aprender uma coisa nova pode dar muito certo.
Em outras palavras, fazer associações de informações conhecidas com as novas é uma técnica interessante do ponto de vista da neurociência. Por exemplo, nosso idioma nativo é o português, certo? Então, quando vemos a imagem de um abacaxi, sabemos que é um abacaxi porque isso está gravado fundo em nossas conexões neurais. Assim sendo, associar a imagem do abacaxi (informação antiga) com a palavra que o define em inglês, pineapple, (informação nova) pode ajudar a fixar mais rápido.
Uma técnica simples, mas muito eficiente é usar flashcards com imagens de um lado e as palavras correspondentes em inglês do outro. Além do mais, esse também é um dos motivos pelos quais estudar com professores brasileiros em vez de nativos pode ser melhor. Afinal, eles nos entendem e representam algo que é conhecido, o que dá mais segurança no aprendizado de coisas novas.
Descanse bem
Descansar bem é essencial para o aprendizado eficaz de idiomas, e a neurociência nos mostra o porquê. Durante o sono, especialmente nas fases de sono REM e sono de ondas lentas, o cérebro consolida as memórias e habilidades adquiridas durante o dia. Isso significa que as novas palavras e regras gramaticais que você pratica são processadas e armazenadas de forma mais duradoura enquanto você dorme.
Além disso, um bom descanso pode melhorar a atenção e a concentração, importantíssimas para o aprendizado de um novo idioma. A fadiga pode prejudicar a capacidade de absorver e reter novas informações, tornando o estudo menos produtivo. Por outro lado, estar bem descansado aumenta a capacidade cognitiva e a eficiência no aprendizado.
A neurociência também mostra que o descanso não se limita ao sono. Pausas regulares durante as sessões de estudo também permitem que o cérebro descanse e recupere, o que pode prevenir a sobrecarga de informações e o esgotamento mental. Aliás, essas pausas podem ser ativas, como uma caminhada ou meditação, que também ajudam a reduzir o estresse e aumentar a criatividade.
Use técnicas de memorização
Métodos como a Mnemônica, que tem a ver com associar informações novas a imagens, palavras ou conceitos já conhecidos, podem aumentar bastante a capacidade de retenção de vocabulário e gramática.
Por exemplo, a técnica de Loci, também conhecida como o Palácio da Memória, permite que você crie “locais” mentais onde pode guardar palavras e frases. E quando você visualiza um caminho através desses locais, o cérebro pode recuperar as informações com maior facilidade. Isso se deve ao fato de que o cérebro humano é muito bom em recordar espaços e imagens visuais.
Outra técnica interessante que tem o respaldo da neurociência para aprender inglês é a repetição espaçada. A saber, ela se baseia na ideia de revisar o material aprendido em intervalos crescentes de tempo. Isso usa o efeito de espaçamento, onde o cérebro consolida melhor a memória a longo prazo quando a informação é revisada várias vezes ao longo de um período prolongado, em vez de em uma sessão de estudo intensiva, mas única.
Ainda mais, a prática de autoteste ou recuperação ativa, onde se tenta lembrar ativamente a informação sem olhar para as anotações, é outra técnica de memorização que a neurociência recomenda. Isso porque ela fortalece as conexões neurais associadas à informação e melhora a capacidade de recuperação.
Por fim, vale lembrar que os flashcards, dos quais já falamos, também são excelentes como técnica de memorização.
Aprenda com emoção
Emoções fortes podem criar memórias duradouras, pois ativam o sistema límbico, a parte do cérebro responsável por nossas emoções. Assim, quando associamos o aprendizado a conteúdos que nos emocionam, como uma música bonita ou um filme engraçado, essas experiências emocionais ajudam a fixar o idioma em nossa memória.
Sem contar que aprender com emoção pode aumentar a motivação e o engajamento, fatores determinantes para a persistência no aprendizado de um novo idioma. Quando estamos emocionalmente envolvidos, estamos mais propensos a dedicar tempo e esforço para entender e absorver o conteúdo.
A música, em particular, é uma ferramenta muito eficiente, pois a melodia e o ritmo podem facilitar a memorização de palavras e expressões. Filmes e séries também oferecem contextos ricos e variados, onde você pode ver o idioma em ação em situações reais, o que pode melhorar a compreensão e a fluência.
Assim sendo, usar esses métodos mais lúdicos para aprender inglês não é só mais divertido, mas também mais eficiente do ponto de vista científico.
Gostou de saber mais sobre como usar a neurociência para aprender inglês? Então coloque essas dicas em prática e let’s speaking english! Ah, e se quiser a melhor orientação durante esse caminho, entre hoje mesmo para o Winner VIP 3.0, do professor Paulo Barros e veja como um teacher brasileiro que fala como nativo pode te ajudar a alcançar a fluência!